Bulimia Nervosa

Vômitos auto-induzidos, uso de laxantes, diuréticos, jejum prolongado e prática exaustiva de atividade física são comportamentos inadequados e compensatórios para evitar o ganho de peso geralmente após um consumo incontrolável de grandes quantidades de alimento em um curto período de tempo por pessoas que possuem o transtorno alimentar caracterizado por Bulimia Nervosa (BN). 

A auto-estima é indevidamente influenciada pelo peso e forma do corpo mediante a auto avaliação e também avaliação de terceiros. Ouvir que está gordinha é a razão para chorar ou ficar deprimida a semana toda. O transtorno é encontrado em qualquer classe social e afeta principalmente pessoas do gênero feminino.

A pessoa com Bulimia Nervosa, não chama atenção pela magreza, em geral, são mulheres jovens de aparência saudável, seguem dietas rigorosas e curtas em outro momento perdem o controle e devoram uma grande quantidade de alimentos, na maior parte das vezes, às escondidas acompanhadas por sentimentos de remorso ou culpa. 

Os recursos de que se valem para não engordar provocam complicações no organismo. Por exemplo: destruição do esmalte dos dentes, inflamação na garganta, sangramentos, problemas gastrintestinais, arritmias cardíacas, desidratação, etc.

As causas, segundo a literatura e prática profissonal variam com a soma de possibilidades, dentre elas, a pressão sociocultural na valorização do corpo magro como ideal de beleza; violência sexual na infância e culpa por chamar atenção por possuir um corpo bonito;  complicações na relação familiar; distúrbio de imagem corporal; histórico prévio de anorexia.

As consequências, além da flutuação do peso corporal, há complicações de saúde que trazem à tona uma série de complicações como gastroesofágicos e de nervo vago, fadiga, arritmia cardíaca, irregularidade menstrual, osteoporose, comprometimento da pele e cabelo. Aspectos comportamentais que variam entre depressivos, ansiosos, comportamento obsessivo-compulsivo e automutilação.

O resgate da história do paciente, seus hábitos alimentares e a preocupação constante com o peso são dados que precisam ser cuidadosamente observados e apresentar dois episódios por semana de ingestão descontrolada de alimentos, durante três meses no mínimo, para ser classificada como portadora de bulimia nervosa, segundo o DSM.IV.

A psicoterapia comportamental é uma das formas de tratamento da bulimia nervosa, pois exige também o acompanhamento de equipe multidisciplinar, como por exemplo, nutrólogo e gastro. 

Infelizmente, não se conhecem métodos eficazes para prevenir patologias como a bulimia e a anorexia. Certamente, o empenho da sociedade para mudar certos valores estéticos ligados ao culto do corpo e à magreza traria benefícios importantes para a saúde.

Recomendações:

- Se você é portador/a de bulimia: não se acanhe, procure assistência psicológica e médica; geralmente, os pacientes sabem que são portadores do distúrbio, mas procuram esconder sua situação da família e dos amigos; Saiba que a restrição alimentar rígida e continuada aumenta o risco de fases de absoluto descontrole alimentar; Informe-se sobre os riscos a que se expõem os portadores de bulimia sem tratamento. 

- Se uma pessoa de suas relações é portadora de bulimia: lembre que críticas não ajudam a resolver o problema, aliás, só servem para comprometer mais ainda a autoestima do paciente; incentive-o a procurar ajuda profissional.

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