Cirurgia Bariátrica para adolescentes

Atualmente com as mudanças e adequações do Ministério da Saúde, adolescentes a partir de 16 anos poderão passar pelo procedimento cirúrgico de redução de estômago, a cirurgia bariátrica. Para a realização da cirurgia, o adolescente deverá passar por análise da idade óssea e avaliação criteriosa do risco-benefício, realizada por uma equipe multiprofissional com participação de dois profissionais médicos especialistas na área.

Os  benefícios  deste  procedimento  devem  ser  cuidadosamente avaliados em detrimento de implicações que tal procedimento acarreta e suas consequências, os  riscos. 

Os pais devem estar super bem informados sobre tal escolha. Alguns estudoscientíficos apontam que as células de gordura parecem aumentar em número até o início da adolescência. É por isso que os pais devem redobrar a atenção, pois é nesta fase que vai ser definido se o adulto será magro ou gordo. 

De modo geral, poucos estudos científicos sobre a população adolescente, e por esta razão, há incertezas sobre aincidência para a recuperação e o reganho  de  peso  e  outros  efeitos  da  cirurgia, como  a  deficiência  de  vitaminas  e minerais  quando  estes  indivíduos  estiverem  na  terceira década  de  vida, bem como, consequências desconhecidas na maturação neuroendócrina e psicossocial.  

Segundo dados e estudos da UNIFESP as crianças que estão na faixa de 2 à 5 anos de idade, 22% apresentam sobrepeso e 6% já estão obesas. Podemos citar algumas causas como a globalização, a modernidade, o sedentarismo, fatores sócios culturais, fatores genéticos e endócrinos.O gráfico abaixo mostra o risco em percentual de risco de uma criança gordinha se tornar um adulto obeso. Geralmente a obesidade tem seu início na infância e quando isso ocorre, elas chegam aos 10 anos obesas, 80 % manterão esse padrão na fase adulta.


 
Contudo, o procedimento de avaliação permanece o mesmo, até o momento.  A Lei nº 4.119/62 está em vigência, bem como seus fatores de inclusão e exclusão para o perfil do candidato ao procedimento cirurgico. A escolha de profissionais gabaritados e especializados deve ser prioritária para que esta avaliação psicológica ocorra de forma ética e adequada a um embasamento teórico.

Obesidade é considerada uma doença crônica pela Organização Mundial de Saúde, sua origem é multifatorial e por isso de difícil controle por envolver diferentes aspectos do indivíduo. Logo, requer o cuidade de diferentes profissionais de saúde, tais como: clínico geral, endocrinologista, nutricionista, psicólogo e educador físico, que devem atuar em conjunto para potencializar no paciente habilidades e condições de enfrentamento - orientações nutricionais e de intervenção clínica, como também, de atividade física adequada e de suporte psicológico para o controle, prevenção e promoção da saúde do indivíduo obeso.

A prevenção da obesidade  infantojuvenil deve ser a primeira  linha de tratamento, na sequencia vem a intervenção de profissionais da área da saúde durante o período mínimo de dois anos. Sem resultados, aí sim é aconselhável se pensar na cirurgia bariátrica, sempre a última opção em razão de um tratamento invasivo e com sérios riscos.

A base do manejo  para o enfrentamento deste  problema de saúde, a obesidade,  é  a  modificação  dos  hábitos alimentares,  atividade  física e o acompanhamento psicológico, pois em muitos casos há também a compulsão alimentar envolvida, dentre tantos outros transtornos alimentares.


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