A violência e suas consequências...

O índice de acidentes e violência acometidos as crianças e aos adolescentes vêm cresce desenfreadamente, tanto em dados de ocorrências quanto em sequelas e traumas a ponto de constituir a primeira causa de morte a partir dos 5 anos de idade de diferentes regiões do país e classes sociais no Brasil, já a partir de 1 ano de idade. (Dados do 5º Fórum Paulista de Prevenção de Acidentes e Combate à Violência Contra “Crianças e Adolescentes - 2010 e dados brasileiros de mortalidade (20010). mostram que, entre menores de 10 anos ocorreram 3677 óbitos decorrentes de acidentes de violência, o que representam cerca de 10 mortes por dia, no Brasil.

Crianças e adolescentes sofrem violência, de acordo com os artigos 5º e 18 do ECA Estatuto da Criança e do Adolescente, quando são: oprimidos, discriminados, torturados, agredidos, negligenciados, explorados, ou quando submetidos a tratamento desumano, aterrorizante, vexatório ou constrangedor; seja em um contexto social ou familiar. O que presume que seja uma violência muito maior do que os dados referem...

A violência ocorre por ação ou omissão, seja ela: física, sexual e/ou psicológica e também por omissão: violência/negligência física, sexual e/ou psicológica, no contexto intrafamiliar / doméstico ou extrafamiliar, de modo direto ou indireto.

O vídeo a seguir ilustra os efeitos de um relacionamento violento ao longo de um ano. Talvez o vídeo em si possa ser montado e considerado "fake", mas a violência doméstica é um problema muito real, que na minha experiência, costuma parecer muito pior do que o vídeo demonstra não apenas para crianças, mas para com adultos e entre adultos também...
 


A violência refere-se a:

* rejeição afetiva depreciação ativa do infante a ponto de atacar direto à auto-estima, por exemplo, dizer ou sugerir que não tem valor e que não pode ser amado; desencorajamento das expressões de apego, por exemplo: recusar ou rejeitar o afago, carinho ou aproximação que a criança procura; tratamento negativo diferenciado, agressividade verbal, depreciação da imagem, humilhações verbais ou não verbais públicas, utilização de apelidos ou adjetivos que ridicularizam e inferiorizam, comparações maldosas, degradantes; ameaças de abandono.

*alto grau de expectativa e exigência do menor atribuindo tarefas em excesso ou inadaptadas às possibilidades de crianças e adolescentes, que prejudicam o estudo, o descanso e o lazer;
responsabilidades e expectativas inadequadas à idade e à condição da criança ou do adolescente; imposição de exigências irrealistas ou inconsistentes.

*terrorismo criando um clima ameaçador, hostil e imprevisível; estímulo a medos intensos na criança ou no adolescente, com ameaças diretas de morte, de abandono, de punições extremas ou sinistras; ameaças por meio de pessoas ou objetos amados; submissão a acessos de raiva excessivos.

*isolamento, ou seja, manter a criança ou o adolescente sem os contatos sociais usuais, limitação dos movimentos da criança ou adolescente, fechando-os, isolando-os ou mesmo prendendo-os em casa, proibindo-os de ter atividades fora de casa e/ou da escola.

*confinamento favorecer comportamentos impróprios, anti-sociais ou desviantes na criança ou no adolescente, motivando-os à agressão verbal ou física, a atos delinqüentes, ao consumo de álcool, drogas e outras substâncias nocivas, a situações degradantes corrupção e/ou exploração.

As conseqüências das violências psicológicas afetam de modo duradouro a constituição e a mobilização do sentimento de auto-estima e de auto-confiança. Contribuem a uma visão pessimista de mundo, produzem grande dificuldade de comunicar de maneira construtiva e podem estar na origem de comportamentos auto-destrutivos e hostis em direção aos outros; dependência, depressão, retraimento; sintomas de ansiedade excessiva; atitudes anti-sociais, como o roubo, a mentira, a agressividade; desejo de fuga ou fuga consumada; tentativas de suicídio ou suicídio consumado. (Durning & Fortin, 1996; Zamet, 1996)

Uma criança ou adolescente que sofre muita violência, mantém a partir daí duas possibilidades de comportamento, ou o de vítima ou de agressor, haja vista o por quê tantas crianças sofrem de Bulling, uma reprodução de traumas e violências sofridas pelo infante que passa a agredir outros. Por isso repensar em palavras e comportamentos é algo tão intrínseco aos pais, familiares e a sociedade em questão pois a melhor maneira de ensinar continua sendo o exemplo. Pense nisso!


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