Transtorno do Pânico

A maioria dos pacientes é do gênero feminino, os primeiros episódios de pânico tendem a iniciar-se na adolescência e início da juventude, embora possam ocorrer a qualquer idade e instalar-se como transtorno durante toda a vida adulta. Há poucas constatações sobre o transtorno de pânico durante a infância, pois ocorrem fobias específicas sendo classificados como transtorno de ansiedade fóbica na infância.
Seguindo os critérios mínimos para o diagnóstico de T. do Pânico do DSM-IV da Associação Psiquiatria Americana (APA, 2000) deve haver a ocorrência de:
- Ataques de pânico recorrentes e inesperados, em que estejam presentes, no mínimo quatro dos seguintes sintomas: sudorese ou calafrios; palpitações ou ritmo cardíaco acelerado; aperto, dor ou desconforto no peito; náuseas ou mal-estar abdominal; parestesias (sensações de dormência ou formigamento); sensação de fraqueza, de falta de ar ou asfixia, de sufocamento; ondas de frio ou de calor; tremer ou sacudir-se; desrealização (sentimentos de irrealidade); despersonalização (sentir-se destacado de si mesmo); medo de perder o controle de si mesmo, de morrer ou de enlouquecer.
- A presença do mecanismo de esquiva e ansiedade antecipatória determinam se está instalada a agorafobia - neste caso, um comportamento de evitação em função da pessoa estar aterrorizada pela possibilidade de ter um novo colapso/ataque súbito e não receber os cuidados necessários, passa a evitar lugares abertos, a evitar locomover-se quer seja em ônibus, de carro, de aviões ou à pé.
Embora a gravidade da ansiedade e a extensão de comportamentos de evitação sejam variáveis, alguns pacientes chegam a ficar confinados no lar e saem apenas em companhia de parentes ou amigos que lhes transmitam confiança e segurança.
Em virtude do caráter fortemente aversivo da experiência dos ataques de pânico, configura-se um grande medo em reviver o(s) ataque(s) e na possibilidade de perder o controle sobre si mesmo, deixando o sujeito vulnerável e fragilizado. Alguns episódios podem ocorrer espontâneamente e sem um gatilho aparente, enquanto outros ataques estão atrelados e predispostos em situações específicas.
Se o(s) episódio(s) de pânico for(em) seguido(s) de um momento de ansiedade anterior muito grande e incapacitante, por consequência, intensificaria ainda mais o medo de voltar a ter as mesmas sensações, criando-se um círculo vicioso. Assim, há necessidade de alguns critérios que devem estar presentes no acompanhamento terapêutico, tais como: a preocupação quanto às consequências ou implicações do ataque; presença de significativas alterações comportamentais relacionadas aos ataques; a persistente expectativa de passar novamente pela experiência; dentre outros pontos que devem ser trabalhados nas sessões de psicoterapia a fim de abranger a complexidade do transtorno na vida de cada paciente.
Buscar auxílio médico e psicológico é o melhor caminho, pois, esconder ou disfarçar os reais medos e fantasias só atrapalham e agravam o transtorno.
Buscar auxílio médico e psicológico é o melhor caminho, pois, esconder ou disfarçar os reais medos e fantasias só atrapalham e agravam o transtorno.
Comentários