A importância do sono e sonho
Os aspectos internos e subjetivos do ser humano vêm ao longo do tempo sendo deixados de lado por nossa sociedade. A educação é orientada para uma adaptação ao mundo, à realidade externa. Cada vez menos há preocupação para que o indivíduo se aproxime de sua natureza humana e suas contradições, o ato de sonhar é uma parcela sensível e significativa deste mundo interno que, pelos compromissos e tribulações do cotidiano (realidade externa), acaba sendo deixado de lado.
O sonho é produto de nosso inconsciente, expresso por símbolos, metáforas e por isso parece tão emblemático, com imagens contraditórias, pois representam conteúdos emocionais do sonhador. Sonhando o sujeito interage com outros personagens e situações que são partes desconhecidas de si mesmo. O sonho elabora angústias e conflitos pessoais, e nesta tentativa de restaurar o equilíbrio interno (psíquico), os sonhos se tornam um dos mecanismos de investigação para a psicoterapia. Quando este equilíbrio psíquico é quebrado ocorrem os sonhos recorrentes e/ou pesadelos até que estas angústias e conflitos sejam elaborados de alguma forma.
Trabalhar os sonhos em psicoterapia não impede que o sujeito sofra de insônia* mas melhora a qualidade do sono, o qual restabelece e equilibra funções orgânicas do corpo como o fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios, consolidação da memória e o descanso da musculatura.
*A insônia é um sintoma e não uma doença. É caracterizada pelo sono inadequado, ou de baixa qualidade. Suas causas mais frequentes são o estresse e a ansiedade, ou sinalizar desde efeitos colaterais de medicamentos até transtornos de comportamento, como por exemplo transtorno bipolar e outros. Pode causar problemas durante o dia como cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade. Insônia pode ser classificada como transiente (curto-prazo), intermitente (vem e vai), e crônica (constante). Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece precocemente, torna-se mais vulnerável a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes.
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