O que são os Testes Psicológicos?
Testes Psicológicos são instrumentos em que: o uso, manuseio, aplicação, aquisição e a posse são exclusivos de Psicólogos conforme a Lei nº 4.119/62. Por definição, os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituídos de técnicas de uso e aplicação privativas do psicólogo.
Em geral, nos deparamos com os testes psicológicos no momento de tirar a carteira de habilitação de motorista, para decidir a vocação profissional, em uma seleção de emprego ou em um consultório psicológico. Basicamente, os testes psicológicos se dividem em dois tipos: psicométricos e projetivos, respectivamente são aqueles que fazem uso de medidas quantitativas, matemáticas para avaliar o sujeito, já o outro permite que a pessoa manifeste aspectos da sua história e de sua personalidade, mesmo que não perceba.
As editoras são responsáveis por publicar e vender os testes somente para psicólogos que comprovem mediante credencial. Em caso de revenda, o psicólogo que possui o material é inteiramente responsável para com o material e deverá cumprir com o compromisso de sigilo e integridade do teste em questão, sendo vendido somente para outro psicólogo. Caso o material pertença a uma empresa, este deverá permanecer aos cuidados de um psicólogo e se não houver profissionais, deverá permanecer lacrado até a chegada de um novo profissional conforme o código de ética.
Durante uma seleção de candidatos, os testes retratam o candidato no momento da aplicação. Sendo utilizados para verificar se a pessoa tem um perfil compatível com o da vaga a ser preenchida, ao término do processo de recrutamento e seleção, o candidato tem direito a uma devolutiva do psicólogo que aplicou os testes, trata-se de um parecer técnico indicando os motivos que levaram o candidato a passar ou não na seleção. E se este candidato optar poderá buscar um psicólogo clínico para melhor trabalhar suas características pessoais que impediram a sua aprovação.
Nem todo psicólogo clínico faz o uso de testes psicológicos, pois estes são instrumentos como outros existentes, portanto, o psicólogo não é obrigado a utilizá-los. Há profissionais que preferem basear seu diagnóstico em entrevistas, o que é perfeitamente aceitável embora limitado tal como um médico que não pede exames.
A realização do psicodiagnóstico implica automaticamente na aplicação de testes psicológicos além das entrevistas (ARZENO, M. E., 1995).¹ Um psicodiagnóstico é mais elaborado, mais completo e seguro. Garante maior precisão quanto a queixa e pontos de sua personalidade a serem trabalhados, favorece a comunicação caso o paciente dê respostas lacônicas e concisas, podem até ser reaplicados para precisar e programar alta da psicoterapia.
É fundamental conhecer e buscar informações sobre os testes psicológicos: o que faz, o que irá aferir, entre outras dúvidas que o sujeito submetido a eles venha a ter, seja em caso de psicoterapia como paciente ou como candidato em caso de processo seletivo. Entretanto, por se tratar de um material sigiloso e ético, subordinado a uma classe profissional, não se pode revelá-los por completo dado o conhecimento subjacente e necessário para interpretá-los e manuseá-los.
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¹ ARZENO, M. E. Psicodiagnóstico clínico: novas contribuições; Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.